J. Pedro-paiva-religiosa and . Cisão, 23 Ibidem, 170. Outros apontam que a sagração foi feita " pelo Patriarca D. Tomás de Almeida, segundo o Padre Montez Mattozo no seu Ano Noticioso e Histórico, ou pelo Núncio Apostólico segundo Francisco d'Assis de Oliveira Martins Irmãos no sangue, na Ordem e no múnus episcopal, diferenciados na heráldica, 34. 24 Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, 713 e José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, Memórias Históricas do Rio de Janeiro 122-123. 25 Innocêncio Francisco da Silva, Diccionario Bibliographico Portuguez, 331. 26 Sobre os pormenores deste difícil e infeliz bispado Reforma Religiosa, conflito, mudança política e cisão: o governo da diocese de Olinda (Pernambuco) por D. Frei Luís de Santa Teresa, pp.1738-17541738, 1948.

H. Fortunato-de-almeida, E. Da-igreja, and . Portugal, Garnier, 1866, tomo primeiro, segunda parte), 579 José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, Memórias Históricas do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 8º volume, tomo I, 122 e 123. Por lapso, é referido " Mota " e não Reforma Religiosa, conflito, mudança política e cisão: o governo da diocese de Olinda (Pernambuco) por D, Cf. José Pedro Paiva 192. 30 Sobre a questão, ver Nuno Gonçalo Monteiro, D. José. Na sombra de Pombal, pp.1738-1754, 2006.

P. José and . Paiva, Reforma Religiosa, conflito, mudança política e cisão: o governo da diocese de Olinda (Pernambuco), pp.1738-1754

. Aplicado-ao-estudo, aprazeu-se de seguir com satisfação maior o que ensina a desprezar o mundo [...] contra os projectos e boas esperanças de seus pais " 38

G. Da and E. , Após presbítero 39 , " em 1719, foi nomeado Lente de Filosofia e de Teologia 40 A 29 de abril de 1723, foi eleito Prior de Santa Cruz do Buçaco 41 ; a 7 de maio de 1730, Prior do Colégio do Carmo de Braga ? cargos que, de resto, são mencionados na Vida 42 ? e, em 1736, o de Definidor Geral da Província de Portugal, em Castela 43 . Das circunstâncias da sua escolha para a Diocese do Rio de Janeiro, leia-se o que diz Pizarro e Araújo: " Por motivo de beijar a mão d'El-Rei D. João V pela mercê de nomear a seu irmão Fr, p.44, 1713.

S. David-do-coração-de-jesus, Irmãos no sangue, na Ordem e no múnus episcopal, diferenciados na heráldica " , 29 a confirmação terá ocorrido aos 19 de dezembro de 1740, com Bento XIV. mentos desta situação, ver ibidem, 54 Alguma discrepância existe em relação a Coração de Jesus: " voltou para Lisboa na primeira quinzena de Fevereiro de 1746, pp.246-249

. Cf and . David-do-coração-de-jesus, 55 Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, 715. 56 José Pedro Paiva, Os Bispos de Portugal e do Império 1495-1777, 513. 57 José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, Memórias Históricas do Rio de Janeiro, 8º volume, tomo I, 166. 58 Coração de Jesus aponta o dia 14 de março de 1750, Cf. David do Coração de Jesus, A Reforma Teresiana em Portugal, 194. 59 Ibidem, 221. Não constam de Diogo Lusitana: historica, critica e cronologica, pp.1741-1759

6. Salgado, Irmãos no sangue, na Ordem e no múnus episcopal, diferenciados na heráldica História da Igreja em Portugal, volume III, 563. 62 José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, Memórias Históricas do Rio de Janeiro, 8º volume, tomo I, 249. 63 José Bènard Guedes Salgado Irmãos no sangue, na Ordem e no múnus episcopal, diferenciados na heráldica, 30. 61 Fortunato de Almeida

. Estas-apreciações-compaginam-se-com-a-matriz-jacobeica-de-fr, Luís e são em tudo semelhantes às Visitas e Devassas de D. Rodrigo de Moura Teles 88 Já Moura Teles considerava, no seu tempo, o Convento do Salvador pouco observante; quanto o não seria num período em que não foi objeto de visitações: " A falta de vizitas nos conventos sempre foi a cauza total da relaxação da disciplina regular delles, Literatura e História confluem nas suas conclusões

V. João and D. , José I, 122. 100 Pe. Manuel Velho (pseudónimo de Fr. Manuel Guilherme), Praticas espirituaes e doutrinaes tratadas entre uma religioza capucha e reformada com outra freira desejoza de reformar-se e aperfeiçoar-se, pp.1732-74

A. Pereira and D. Silva, A questão do sigilismo em Portugal no século XVIII. História, religião e política nos

V. João and D. , José I, 81. cega ao director " 104 . A constância ? ou suas variantes valentia e paciência ? nos reveses de uma existência pejada de tentações demoníacas, doenças e " contradições de criaturas " é também bastante explorada, como, de resto, é tópico no género

. Em-menor-monta, Neste receituário anti-Demónio, parecem estar enunciados os preceitos essenciais que consubstanciam um ministério espiritual de matriz jacobeica. Teria Fr. Luís tomado conhecimento das faces proteicas destes diabolismos através de Fr Afonso dos Prazeres, " dentre os jacobeus, o autor que mais deu nas vistas na explanação da teoria das violências diabólicas ou, como ele prefere dizer em vulgar para fugir à terminologia de Miguel de Molinos, das 'vexações do demónio' " 108 ? Não será temerário supor que sim. Fr, Afonso dos Prazeres " repudia enèrgicamente , horrorizado mesmo, a sentença de Miguel de Molinos sobre as violências diabólicas " 109

. Antes-de-mais-utilizada-por-molinos, Esclarece ainda que Deus não quer tais acções mas só as permite " 110 . Este é, precisamente, o tipo de formulação e terminologia que encontramos em VPJMT, no que Fr. Luís não duvida ser para lhe lavrar mais " illustre coroa 111 " , bem próximo da explicação de Prazeres: " purgação, em que Deos quer purificar mais a sua virtude " 112 . Pura ortodoxia mística 113 de Fr. Luís, portanto, e de linha jacobeica. Se nos reportarmos a dois arautos jacobeus, Fr, Francisco da Anunciação e Fr. Manuel de Deus, são decisivos na vida espiritual a oração mental quotidiana, o exame de consciência e a frequência dos sacramentos 114 . Do sacramento da penitência, é a confissão que recebe o maior número de alusões. A assiduidade da confissão poderá inferir-se das inúmeras vezes em que D

J. Conta-os-particulares-da and . Fr, Luís 115 Se mais não pudéramos avocar, bastaria lembrar que, numa ótica de austeridade espiritual caracteristicamente jacobeica, o sacramento da Eucaristia exige uma maior disposição, reverência e pureza interior para ser dignamente recebido do que o da confissão 116 . Se D. Josefa comungava frequentemente, é de admitir que também se confessasse amiúde pois, como defende Fr. Manuel de Deus, não há objeção nenhuma à prática da comunhão frequente, desde que os fiéis estejam bem, miúda e recentemente confessados 117 Quanto à oração mental, não esqueçamos que a sua prática era o patamar básico indispensável na senda da união da alma com Deus e que Fr. Luís, jacobeu e, portanto, místico, 105 VPJMT, 107 VPJMT, 139. 108 António Pereira da Silva, A questão do sigilismo em Portugal no século XVIII. História, religião e política nos reinados de D, pp.92-93

V. João and D. José, Afonso dos Prazeres, Maximas espirituaes e directivas para instrucção mystica dos virtuosos e defensa apostolica da virtude, tomo II, 439. 113 Nunca em VPJMT aparece a expressão " violencias diabolicas " ; aparece, sim, " vexacoes diabolicas " , nas pp. 33 e 111 e " vexacoes Asim hia Deos suavizando os trabalhos de Sua serva e dando licenca ao Demonio para que lhe lavrasse a mais illustre coroa, etc. A permissão de Deus, de que fala Prazeres, encontramo-la plasmada em inúmeras passagens etc. 114 António Pereira da Silva, A questão do sigilismo em Portugal no século XVIII. História, religião e política nos reinados de D, pp.111-112

V. João and D. , José I, 125. 115 VPJMT, verbi gratia p. 77. 116 Evergton Sales Souza, Jansénisme et Réforme de l'Église dans l'Empire Portugais: 1640 à, 194. 117 Ibidem, 0194.

. Neste-estado-de-coisas and . Fr, Luís ao longo de VPJMT, como " em os bracos da serva de Deos espirou esta relegioza que, verdadeiramente , pode servir de dezemgano para fugir de mas compa[nhias] " ou «Bem pode[m] escarmentar em esta mizeravel as que de novo emtram em os conventos e verem a que companhias 126 Pedro Vilas Boas Tavares, Beatas, Inquisidores e Teólogos, pp.296-304

A. Pereira and D. Silva, A questão do sigilismo em Portugal no século XVIII. História, religião e política nos

V. João and D. José, ainda que nelle avia algumas religiozas que vivião santamente, muntas erão raparigas, não tinham perlado porque a occazião era de Se vacante e avião mudado de trajes " ; " avia em elle huma grande parte de relegiozas boas e observantes que não mudarão o habito com que professarão porem, pp.80-81

. Assim-o-verificamos-nas-palavras-de-fr, . Francisco-da-anunciação-e-de-fr, . Afonso, and . Prazeres, 144 . São exercícios e virtudes que vemos praticados por D. Josefa e que, se por um lado, concorrem para a apreensão do perfil de santidade da biografada, por outro, confirmam o teor jacobeico do ministério espiritual de Fr. Luís 145 . Para quem professa tanta austeridade e disciplina espiritual, poderia inferir-se que, segundo os jacobeus, bem poucos teriam acesso aos exercícios da vida beata. Assim não era. Apesar de " Pessimistas quanto ao número dos eleitos, trabalhavam na prática por assegurar a salvação de todos por meio dos exercícios da vida espiritual ou beata 146 Parece ecoar no jacobeu um apelo ao " velho e fundamental princípio da vocação de todos os crentes à santidade " 147 . Isso mesmo se deduz das palavras de Fr Todos os cristãos de qualquer estado que sejam estão obrigados debaixo de preceito a ser santos, se em seus corações admitem afecto algum contra este preceito, pecam grave 137 VPJMT, pp.147-148

. Fr and . Francisco-da-anunciação, Consulta mystico-moral sobre o habito de certas religiozas da Ordem de S. Clara Urbanas, 128. 139 VPJMT, 34, p.140

A. Pereira and D. Silva, A questão do sigilismo em Portugal no século XVIII. História, religião e política nos

V. João, D. José, and I. , 144 Fr Afonso dos Prazeres, Consultas espirituaes 378. 145 A abnegação da própria vontade, aliada ao dever de obediência e ao desprezo de si mesma, foram já abordadas. A pobreza e austeridade da serva de Deus estão documentadas na p. 92; a caridade 75 e 94; a leitura de livros espirituais, nomeadamente " hum livro de Santa Thereza " , na p. 97; o zelo na salvação das almas, por exemplo, na p. 139 de VPJMT. Quanto à presença de Deus, mortificações, jejuns, disciplinas, obras de superrogação, humildade, entre outros, todos corporizam uma arte de ser santa, cuja explanação não cabe neste artigo. Ver Maria Helena Cunha de Freitas Queirós , tomo I, Capítulo III. 146 António Pereira da Silva, A questão do sigilismo em Portugal no século XVIII. História, religião e política nos reinados de D. João V e D. José I, 124. 147 Pedro Vilas Boas Tavares, Beatas, Inquisidores e Teólogos, 142 Ibidem, 125 e 126 respetivamente. 143 Fr. Francisco da Anunciação Reacção Portuguesa a Miguel de Molinos, 136. 148 Fr. Francisco da Anunciação, Vindicias da virtude, e escarmento de virtuosos, nos publicos castigos dos hypocritas, dados pelo Tribunal do Santo Officio, 1726, tomo II, 137. De resto, estas afirmações não seriam inéditas, à época, devendo fazê-las remontar a uma linha de reivindicação de santidade em cada estado, indissociável de uma dignificação da condição de leigo na vida espiritual Temão pois os Prégadores não exercitem contra as hypocrisias, a hypocrisia das hypocrisias, porque então se os outros forem hypocritas, elles poderão ser chamados os hypocritas dos hypocritas. E temamos todos (como podemos temer) que no dia do juízo sejamos pertencentes á parcialidade dos hypocritas [?]. Por mais, que cá pelos pulpitos pregoemos as nossas antypathias com o vicio da hypocrisia, p.156

D. Mesmo-os-'epítetos-'de-que, Santa do Demonio 157 ) são exatamente alguns daqueles (...) que, segundo Philippe Ariès, foi germinando nos finais do século XVI, com a Philotée de São Francisco de Sales, ou, no século XVII, com os senhores de Port-Royal. Ver Pedro Vilas Boas Tavares, Beatas, Inquisidores e Teólogos Reacção Portuguesa a Miguel de Molinos, 137. 149 VPJMT, 144. 150 Motivo que percorre toda a obra. Comparece, como seria de esperar, na argumentação a favor do caráter de eleição de Josefa Maria da Trindade. Ver VPJMT, 26 para um contraexemplo de falta de vocação para a vida religiosa Vindicias da virtude, e escarmento de virtuosos, nos publicos castigos dos hypocritas, dados pelo Tribunal do Santo Officio, tomo II, 459. 155 No Sexto Dictame de uma outra obra, diz o mesmo autor " Hum bom meio para mortificar a vaãgloria he fazer obras publicas de virtude, que o mundo chama publicas Beatarias, Reacção Portuguesa a Miguel de Molinos, 137. 154 Fr. Francisco da Anunciação Ibidem, 68. 156 Fr. Francisco da Anunciação, Vindicias da virtude, e escarmento de virtuosos, nos publicos castigos dos hypocritas, dados pelo Tribunal do Santo Officio e 103 respetivamente. Para outras acusações de hipocrisia, pp.456-457